O Instituto Agroambiental Araguaia foi lançado em evento online já mostrando a sua vocação: articular múltiplas vozes em torno da conciliação entre produção e conservação como força propulsora do “Brasil potência Agroambiental”.
O EVENTO
Lançamento do Instituto Agroambiental reforça sinergias entre as Dimensões Produtiva e Ambiental brasileiras
Fala de Carmem Bruder, representando os membros fundadores da Liga do Araguaia: responsáveis pela criação do Instituto Agroambiental Araguaia.
“Conectar a dimensão ambiental e produtiva é a nobre missão do Instituto Agroambiental Araguaia”. Estas palavras sintetizam o um debate virtual sobre Agroambientalismo, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (29 de abril), com a presença do ex-ministro e indicado ao Prêmio Nobel da Paz, Alysson Paolinelli, o escritor Jorge Caldeira e o pecuarista Caio Penido, marcando o lançamento do Instituto Agroambiental Araguaia.
As aspas acima foram ditas pelo José Carlos Pedreira de Freitas, Coordenador Executivo do Instituto que, na sua interlocução, pediu definitivamente o fim da separação da cisão entre produzir e conservar. “Decreto final e definitivo da falência da tese que existe um agro produtivo e uma área ambiental. Eles não estão separados. Eles estão absolutamente conectados”, sinalizou.
O Mediador José Carlos Pedreira de Freitas, os palestrantes Caio Penido, Jorge Caldeira e o Coordenador da equipe de comunicação da Liga do Araguaia, Raul Moraes
Pedreira lembra que a principal missão do Instituto é ser um dos porta-vozes do movimento Agroambiental para a sociedade em geral, indicando e fortalecendo a privilegiada condição natural do Brasil Potencia Agroambiental. Ele afirma que o objetivo maior será “agregar à dimensão do agro brasileiro sua dimensão ambiental, no exercício diário do entendimento de que ambos estão totalmente conectados, trocando benefícios entre si, criando valor e vantagens competitivas”.
Em sua pauta, objetivamente, estão questões como produtividade e resultado, com foco na gestão da produção e de boas práticas agropecuárias, redução de emissões de gases de efeito estufa; Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), diversificação, inclusão e comunicação.
Homenagem a Alysson Paolinelli, membro emérito da Liga do Araguaia
O ex-ministro afirmou que quer acompanhar a evolução do trabalho de cada fazenda no Araguaia porque juntas elas representarão o Brasil que quer oferecer ao mundo, aquilo que o mundo precisa: ‘alimentos saudáveis e que sejam bom para toda a população mundial’. “O Brasil não pode parar. Com o lançamento do Instituto a Liga prova que quer evoluir e assim mostra para o mundo um trabalho organizado e a garantia que nossa produção provém de um sistema sustentável, lembra Paolinelli.
Já Jorge Caldeira, autor do livro Brasil Paraíso Restaurável ,afirma que o Instituto Agroambiental Araguaia é a inauguração de uma nova era no Brasil. “Uma era onde o Brasil mostra seu potencial econômico que é do tamanho de sua natureza”. Em números, ele fala que o potencial de valor da natureza do Brasil é maior do que o potencial de valor da produção agrícola. E ainda explica que ‘não é só uma questão de conservação da natureza. É a conservação da humanidade, usando a captura de carbono para uma atividade econômica’.
Em seu discurso Caldeira fala que é a passagem da natureza que nós contemplamos para uma fonte de renda por prestação de serviço, e que esta transição o Instituto está fazendo. “O momento que o Brasil vai receber dinheiro pelo o que produz na agricultura e receber dinheiro pelo serviço de conservação que presta pela captura de carbono que faz, que é algo que a humanidade precisa e está disposta a pagar”, complementa.